Uma faca no coração pode dividir amores. Uma barreira pode dividir amores. De uma forma ou de outra, há divisão e nada mais importa.
Quando o coração resolve tomar caminhos distintos do planejado, surge a dúvida. Dúvida, dúvida, dúvida. Mais dúvida. Escolher é mesmo um pé no saco. Pé no saco dói. Ô se dói.
É sim ou não. Simplesmente uma das duas respostas, mas não dá. Não é possível nem escolher um meio-termo!
O que mais gera dúvida são os acontecimentos vindouros, pois, dependendo da escolha, em algum momento a água de um dos rios chegará à foz e lá encontrará a água do outro rio. Aí vai ser um choque, um choque térmico. Um estará quentinho, bem aninhado no coração, outro estará frio, provavelmente começando a arder em chamas quando ocorrer um equilíbrio térmico. Então: dúvida e dor. É, mais umas e de novo.
Era apenas um caminho, certeza. São dois ou mais caminhos, talvez. O que sei? Nada.
Quanto mais o tempo passa, mais doente é a sensação. A enfermidade toma conta do coração, dos pensamentos, das ações, das vontades. A virose penetrou pelo olhar, pelas palavras, pela necessidade de ensinar a cura. Transgrediu as barreiras naturais do corpo, estremeceu as passagens secretas da dor, cravou-se no coração. Não sai. Não quer sair de jeito algum. Precisa e não precisa ser curada. Quer tempo. É sempre o tempo de qualquer forma.
Da dúvida surge a lágrima, tanto interior quanto exterior. Escorre lentamente, queimando a face com seu ardor febril, até que se sinta o gosto da tristeza ou, também, da felicidade, pois a lágrima desconhece o motivo de sua chamada. É escrava dos sentimentos. Vem quando é necessário. Aquele gosto é tão sinestésico. Enquanto é sentido no paladar, é também no coração, trazendo em sua conclusão a reflexão com corrosão, quando é interna, e a cura com magia, quando é externa - adoro as lágrimas.
Há dúvida até nos movimentos. Os pensamentos fervem na hora da locomoção para que seja executada a correta, porém o turbilhão de sinais elétricos da rede nervosa é tão estupefaciente que tudo trava e qualquer um dos bilhões de caminhos possíveis é tomado por essa eletricidade indecisa. É meio que um curto-circuito. Consequentemente, a autorreprovação silenciosa vem junto, já que o tal movimento sempre ocorre do modo indesejado. Essa é a timidez.
Tantos fatores juntos, e, ainda assim, tão pouco se sabe. Chegará uma hora em que a escolha deverá ser feita, e, assim, o destino terá de correr por seus insólitos caminhos. A dor virá, com certeza. Na verdade, já vem, pois a indecisão é uma morte lenta. Corrói a pureza e as determinações do coração; acaba num poço de lágrimas; destrói planos.
Enquanto o momento certo não chega, espero. Espero a dor chegar e a dúvida sanar, querido tempo.
Quando o coração resolve tomar caminhos distintos do planejado, surge a dúvida. Dúvida, dúvida, dúvida. Mais dúvida. Escolher é mesmo um pé no saco. Pé no saco dói. Ô se dói.
É sim ou não. Simplesmente uma das duas respostas, mas não dá. Não é possível nem escolher um meio-termo!
O que mais gera dúvida são os acontecimentos vindouros, pois, dependendo da escolha, em algum momento a água de um dos rios chegará à foz e lá encontrará a água do outro rio. Aí vai ser um choque, um choque térmico. Um estará quentinho, bem aninhado no coração, outro estará frio, provavelmente começando a arder em chamas quando ocorrer um equilíbrio térmico. Então: dúvida e dor. É, mais umas e de novo.
Era apenas um caminho, certeza. São dois ou mais caminhos, talvez. O que sei? Nada.
Quanto mais o tempo passa, mais doente é a sensação. A enfermidade toma conta do coração, dos pensamentos, das ações, das vontades. A virose penetrou pelo olhar, pelas palavras, pela necessidade de ensinar a cura. Transgrediu as barreiras naturais do corpo, estremeceu as passagens secretas da dor, cravou-se no coração. Não sai. Não quer sair de jeito algum. Precisa e não precisa ser curada. Quer tempo. É sempre o tempo de qualquer forma.
Da dúvida surge a lágrima, tanto interior quanto exterior. Escorre lentamente, queimando a face com seu ardor febril, até que se sinta o gosto da tristeza ou, também, da felicidade, pois a lágrima desconhece o motivo de sua chamada. É escrava dos sentimentos. Vem quando é necessário. Aquele gosto é tão sinestésico. Enquanto é sentido no paladar, é também no coração, trazendo em sua conclusão a reflexão com corrosão, quando é interna, e a cura com magia, quando é externa - adoro as lágrimas.
Há dúvida até nos movimentos. Os pensamentos fervem na hora da locomoção para que seja executada a correta, porém o turbilhão de sinais elétricos da rede nervosa é tão estupefaciente que tudo trava e qualquer um dos bilhões de caminhos possíveis é tomado por essa eletricidade indecisa. É meio que um curto-circuito. Consequentemente, a autorreprovação silenciosa vem junto, já que o tal movimento sempre ocorre do modo indesejado. Essa é a timidez.
Tantos fatores juntos, e, ainda assim, tão pouco se sabe. Chegará uma hora em que a escolha deverá ser feita, e, assim, o destino terá de correr por seus insólitos caminhos. A dor virá, com certeza. Na verdade, já vem, pois a indecisão é uma morte lenta. Corrói a pureza e as determinações do coração; acaba num poço de lágrimas; destrói planos.
Enquanto o momento certo não chega, espero. Espero a dor chegar e a dúvida sanar, querido tempo.
Olá querido,
ResponderExcluirA dúvida é uma coisa positiva...ter certeza de tudo o tempo todo deve ser muito entediante,não é?
Às vezes erramos...às vezes acertamos....isso faz parte da jornada, mas sensação dessa dúvida é o que nos move e sejamos sinceros: é uma delícia, não é? rsrsrsrs
Se a dúvida sanar de vez, procure outro motivo para ter dúvidas.
Beijos
Prof. Juliana
Concordo plenamente, Juju! haha O ruim da dúvida é a angústia que pode causar. Fora isso, amo-a. haha
ResponderExcluirAs dúvidas nunca acabarão, disso eu sei.
Você é super-hiper-mega-ultra incrível, Luizinho! Adorei cada palavra, cada ideia, cada figura de linguagem, cada conceito que usaste de modo magistral. Você, inevitavelmente, não cansa de me surpreender. Sinta-se aplaudido, exímio escritor. Seu blog está se tornando o meu preferido, hein! hahaha
ResponderExcluirVocê não cansa de me elogiar, não é? Que Mariazinha mais adorável fui encontrar... hahaha
ResponderExcluirSinto-me não aplaudido, mas honrado por receber um comentário tão positivo de uma pessoa tão magnífica quanto você, garota gentil!