Não há fim para quem ama. Há sempre um rastro perseguindo, uma cicatriz que nunca desaparecerá. Uma dor, uma mágoa e até uma risada. Quem ama se condena e jura votos inconscientes de tristeza. É uma promessa de felicidade sem medidas de consequências.
Assim que aparece à porta do coração uma gota de dúvida, o castelo de amores parece que começa a desabar. Esfacela-se aos poucos, curtindo a agonia de cada instante de seu desmoronamento, como se fosse puro masoquismo. O mundo diverge, some ao olho nu. Resta o ponto de interrogação. Um momento. Outro momento. Mais um momento. Nada. Cadê seu par perfeito, pergunta? O que segue à indagação é o escuro. Ninguém entende o porquê.
Cabe a quem duvida encontrar a saída. Não há motivos para desespero, pois sempre haverá uma porta para a luz. Mesmo assim, encontram-se razões para punição. Punição: dói pensar, dói esperar, dói agir. Não há como fugir da dor. Então que venha, e venha com tudo, porque só assim o aprendizado que chega de bagagem não é esquecido.
Que seja hoje, talvez amanhã, quem sabe outro dia, o amor espera pela certeza e não se cansa. Bem, uma hora se cansa. Enfraquece, torna-se raro, rarefeito, entra na desistência, avesso à esperança, deita na cama. Espera, dorme, acorda com um susto e logo descobre não ser verdadeiro. Chega a dúvida, torna-o transparente e menos complacente. Questiona a identidade, corta suas pernas e ele cai. Cai, cai, cai. Cai na memória. O sofrimento torna-se cura e toma conta, acariciando as entranhas de ambas as partes do coração, já que está partido. O partido demora a aquiescer. E como demora, Deus do céu! Às vezes dá vontade de até apagar a memória, papel do tempo. Porém, como um brilho eterno de uma mente sem lembranças, qualquer coisinha, um cheiro, uma fotografia, um texto, uma palavra, uma música, uma cartinha e até o vazio da mente traz à tona a memória do amor perdido ou renegado. Cheirar, ver, ler, ouvir e pôr em ausência o pensamento causam disritmia no coração e, talvez, um aperto na garganta com um comichão nos olhos. Quanta sinestesia.
A efemeridade dá as caras e traz o tempo num piscar de olhos. A dúvida e a dor que pareceram perdurar por anos agora transitam na mente como imagens de instantes. Os períodos mais marcantes vão sendo guardados na caixinha sinestésica, para que num momento as sensações mostrem que nada se cria, nada se perde; tudo se transforma. O amor em lembrança.
Fim de quem ama: a persistência da memória.
Assim que aparece à porta do coração uma gota de dúvida, o castelo de amores parece que começa a desabar. Esfacela-se aos poucos, curtindo a agonia de cada instante de seu desmoronamento, como se fosse puro masoquismo. O mundo diverge, some ao olho nu. Resta o ponto de interrogação. Um momento. Outro momento. Mais um momento. Nada. Cadê seu par perfeito, pergunta? O que segue à indagação é o escuro. Ninguém entende o porquê.
Cabe a quem duvida encontrar a saída. Não há motivos para desespero, pois sempre haverá uma porta para a luz. Mesmo assim, encontram-se razões para punição. Punição: dói pensar, dói esperar, dói agir. Não há como fugir da dor. Então que venha, e venha com tudo, porque só assim o aprendizado que chega de bagagem não é esquecido.
Que seja hoje, talvez amanhã, quem sabe outro dia, o amor espera pela certeza e não se cansa. Bem, uma hora se cansa. Enfraquece, torna-se raro, rarefeito, entra na desistência, avesso à esperança, deita na cama. Espera, dorme, acorda com um susto e logo descobre não ser verdadeiro. Chega a dúvida, torna-o transparente e menos complacente. Questiona a identidade, corta suas pernas e ele cai. Cai, cai, cai. Cai na memória. O sofrimento torna-se cura e toma conta, acariciando as entranhas de ambas as partes do coração, já que está partido. O partido demora a aquiescer. E como demora, Deus do céu! Às vezes dá vontade de até apagar a memória, papel do tempo. Porém, como um brilho eterno de uma mente sem lembranças, qualquer coisinha, um cheiro, uma fotografia, um texto, uma palavra, uma música, uma cartinha e até o vazio da mente traz à tona a memória do amor perdido ou renegado. Cheirar, ver, ler, ouvir e pôr em ausência o pensamento causam disritmia no coração e, talvez, um aperto na garganta com um comichão nos olhos. Quanta sinestesia.
A efemeridade dá as caras e traz o tempo num piscar de olhos. A dúvida e a dor que pareceram perdurar por anos agora transitam na mente como imagens de instantes. Os períodos mais marcantes vão sendo guardados na caixinha sinestésica, para que num momento as sensações mostrem que nada se cria, nada se perde; tudo se transforma. O amor em lembrança.
Fim de quem ama: a persistência da memória.
Realmente...graças a Deus existe a memória...principalmente a memória seletiva....rsrsrsrsrs. Guardemos aquilo que foi bacana e esqueçamos aquilo que nos fez sofrer. E claro, é sempre muito bom deixar espaço para novas lembranças...é sempre saudável. O problema é quando aquela lembrança aparece na hora errada: uma música que toca ou um perfume que aparece do nada!!!!! rsrsrsrs...realmente é muito dificil...mas que essa angustia é boa é...nos faz sentir sentir vivos e encontramos uma razão para tudo isso que vivemos.
ResponderExcluirParabéns (novamente) pelo texto...rsrsrsrs....cada vez me surpreende mais!!!!
ah, olhou a lua hj?!?!? hahahahahaha
Obrigado pelo comentário, Juju! hahaha
ResponderExcluirEu demorei para lançar um texto novo, né? :S Desculpe-me, é a falta de tempo - e de inspiração.
É verdade, ainda bem que existe a memória, senão de nada valeria a pena viver a vida. O aprendizado que a jornada neste mundo nos traz é incrível.
Obrigado (novamente) por mais elogios, minha querida Juju! hahahaha
Olhei sim! huahauha Estava bonita, não? Parece-me que havia um coelhinho de novo lá... hahaha
A cada dia, me surpreendo - eu deveria estar acostumada - com a empatia de seus textos para comigo, Luizinho. Talvez por serem tão verdadeiros e objetivos, ou por o simples fato de existir uma telepatia grandiosa entre nós! Bem, só queria dizer que eu ia postar um texto parecido, mas, tudo bem, o seu já falou bastante por a ideia em minha mente. hahahaha
ResponderExcluirAdorei, adorei, adorei - como sempre - suas palavras!
Obs.: Olá, professora do Luizinho! Gostaria de agradecer por o que disseste outrora sobre mim. Você, sim, é bonitinha com as palavras ao elogiá-lo. hahaha (:
Olá Gracinha, seu apelido me parece bem apropriado. rsrsrssrsrsrs
ResponderExcluirObrigada pelo elogio mas é muito fácil elogiar esse menino, não?!?! rsrsrssrs..Não mereço créditos por isso rsrsrsrss.
beijinhos
Oi! Achei seu blog por acaso e me encontrei nesse texto aqui...
ResponderExcluirNão te conheço, mas queria dizer que você escreve lindamente.
Parabéns, de coração.
Milton Nascimento diz que existem algumas canções tão bonitas que ele gostaria de tê-las criado.
Senti o mesmo agora, já que também escrevo... :)
Se possível, queria sua permissão pra publicar seu texto no meu blog (com todos os seus créditos, claro!) porque ele é a minha cara! :$
Um abraço e luz.
Ah, moça, permissão concedida! hahaha
ResponderExcluirÉ um prazer poder ser citado por outrem num outro ambiente virtual.
Obrigado, de verdade, pelos elogios. Eles valem muito. :)
Abraços!