A folha cai lentamente. Admira-se sua leveza e sua inexpressão.
O flutuar da folha da árvore até o chão é irrigado pela contemplação de uma Natureza que a entrega à morte, sem dó nem piedade, pois, de todas as coisas de que precisa, a principal é seguir em frente sem nunca olhar para trás. Não por ser arrogante, mas por ser natural. Nesses últimos instantes de sobrevida, a folha que voa para o inevitável não discute os porquês. Aceita, entende e sabe que é natural.
Ser humano é contra-natural.