terça-feira, março 20, 2012

Fragilidade

Como é frágil o ser humano, que submete-se a vícios dolorosos. Não restrinjo com a ausência da parada que a vírgula possibilita para a alternância de sentido. Não me destaco da parcela que experimenta a dor aguda. Pelo contrário, incluo, pois compartilho da dor, de modo alheio. Não sofro da mesma intensidade de vício, nem mesmo do tipo, quem sabe. Sinto, com o resto do mundo, as mazelas que acometem os de histórias trágicas, de corações partidos, de perdas irreparáveis e de mentes inconsoláveis. Que impotência me toma por nada poder fazer, a não ser doer-me junto.
Como é frágil o ser humano que se machuca com o machucado dos outros. É capaz, até, de pensar que se identifica com o vício que dói, o mesmo que deveria somente fornecer prazer. Cria dor onde não há. Faz da dor o que há.
Como é frágil.

Um comentário:

  1. Caro, Luiz, boa noite!
    Somos do Centro Potiguar de Cultura - CPC-RN!

    Gostamos muito do seu blog!

    Se possível nos siga!

    centropdecultura.blogspot.com e anern2003.blogspot.com

    Grande abraço.

    Eduardo Vasconcelos
    Blogusita e radialista

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