"O verdadeiro amor, como qualquer outra droga forte que cause dependência, não tem graça. Assim que a fase do encontro e descoberta se encerra, os beijos se tornam surrados e as carícias cansativas... exceto, é claro, para aqueles que compartilham os beijos, que dão e recebem as carícias enquanto cada som e cada cor do mundo parecem se aprofundar e brilhar em volta deles. Como acontece com qualquer outra droga forte, o primeiro amor verdadeiro só é realmente interessante para aqueles que se tornaram seus prisioneiros.
E como acontece com qualquer outra droga forte que cause dependência, o primeiro amor verdadeiro é perigoso."
Trecho retirado da obra "A Torre Negra - Vol. IV - Mago e Vidro", de Stephen King.
PARTE TRÊS: VENHA, COLHEITA; Capítulo 1: Sob a Lua da Caçadora; 1. p. 423.
De tudo que um dia tem que ir embora, pois nada é para sempre, apenas a memória persiste. Esta, única e infindável, é o que existe aqui nas meras palavras que escrevo. (E não, ela também não é para sempre. O tempo a leva embora. É sempre o tempo.)
quinta-feira, abril 22, 2010
Admirável foto nova
É engraçado olhar fotos de hoje em dia e se lembrar de tempos passados. Na verdade, não há graça, mas maravilha. É tão admirável essa sensação.
Maravilha. Maravilha por olhar uma imagem. Como o tempo passa, meus caros, como passa...
Maravilha. Maravilha por olhar uma imagem. Como o tempo passa, meus caros, como passa...
sexta-feira, abril 16, 2010
Um vazio completo
Mais uma sensação no cardápio.
Primeiro, busca-se o cheio, mas de tanto buscar e encher, fica vazio. É uma busca sem sentido. É uma busca sem propósito. Queria era poder ter aquela sensação, mas só a parte completa. Precisaria, então, viver a situação a que assisto... ou imagino.
Um pedaço falta; sou eu? Parece que se pudesse lá estar, viveria num mar de emoções, pois é exatamente isto que procuro naquele lugar de x. Busco amor, paixão, sofrimento, júbilo, destino, livre-arbítrio, raiva, acerto, erro, lágrimas, recomeço; busco uma vida. Formo um uno com a imagem que resplandece em minha mente, em minha visão. Só que quando acaba, minha busca está incompleta; meu ser se corrompe; as lágrima vêm, porque não encontro o caminho. Estou perdido.
Nas horas de sufoco, peço pelas lágrimas. Desejo-as tanto que parece que perco a noção. Porém, tenho conhecimento do que ocorre. Desde a primeira vez que conheci essa emoção, entendo o que acontece. Entendo sim. E é tão bom; recomendo.
Há tanta aventura e mistério que é impossível não gostar de lá. O sofrimento não me causa medo, pois é uma doença tão boa. Sempre sei onde vai terminar e é isso que impulsiona meu coração a seguir pelo caminho mais difícil. Os obstáculos são como um remédio muito - mas muito mesmo - amargo. É horrível quando se toma, mas passado o tempo, descobre-se o quanto foi bom passar pelo inferno. Um anjo me tira de lá, coloca-me na estrada da realidade novamente. Estou perdido - mais uma vez.
Os minutos passam tão rápido quando sou eu e aquela sensação. Olho para o relógio, são 08:15, desvio o olhar, tomo mais uma dose de busca incompreensível, olho novamente: 16:08. Penso comigo "Não acaba não, cara, por favor." Engulo mais enfermidade do coração, acredito que vai terminar, mas suplico que não, e olho: 38:04. Agradeço pelos últimos momentos, mas com ódio e amor de que o fim será o mesmo de sempre, a mesma sensação de sempre. Fim. Olho de novo: 42:23. Te vejo em outra vida, irmão.
A boca aberta.
Um mar nos olhos.
O coração doendo.
Reflexão.
Um sorriso.
Um riso pelo simples.
Brisa.
O anjo me pegou. Sei de novo: estou perdido.
Primeiro, busca-se o cheio, mas de tanto buscar e encher, fica vazio. É uma busca sem sentido. É uma busca sem propósito. Queria era poder ter aquela sensação, mas só a parte completa. Precisaria, então, viver a situação a que assisto... ou imagino.
Um pedaço falta; sou eu? Parece que se pudesse lá estar, viveria num mar de emoções, pois é exatamente isto que procuro naquele lugar de x. Busco amor, paixão, sofrimento, júbilo, destino, livre-arbítrio, raiva, acerto, erro, lágrimas, recomeço; busco uma vida. Formo um uno com a imagem que resplandece em minha mente, em minha visão. Só que quando acaba, minha busca está incompleta; meu ser se corrompe; as lágrima vêm, porque não encontro o caminho. Estou perdido.
Nas horas de sufoco, peço pelas lágrimas. Desejo-as tanto que parece que perco a noção. Porém, tenho conhecimento do que ocorre. Desde a primeira vez que conheci essa emoção, entendo o que acontece. Entendo sim. E é tão bom; recomendo.
Há tanta aventura e mistério que é impossível não gostar de lá. O sofrimento não me causa medo, pois é uma doença tão boa. Sempre sei onde vai terminar e é isso que impulsiona meu coração a seguir pelo caminho mais difícil. Os obstáculos são como um remédio muito - mas muito mesmo - amargo. É horrível quando se toma, mas passado o tempo, descobre-se o quanto foi bom passar pelo inferno. Um anjo me tira de lá, coloca-me na estrada da realidade novamente. Estou perdido - mais uma vez.
Os minutos passam tão rápido quando sou eu e aquela sensação. Olho para o relógio, são 08:15, desvio o olhar, tomo mais uma dose de busca incompreensível, olho novamente: 16:08. Penso comigo "Não acaba não, cara, por favor." Engulo mais enfermidade do coração, acredito que vai terminar, mas suplico que não, e olho: 38:04. Agradeço pelos últimos momentos, mas com ódio e amor de que o fim será o mesmo de sempre, a mesma sensação de sempre. Fim. Olho de novo: 42:23. Te vejo em outra vida, irmão.
A boca aberta.
Um mar nos olhos.
O coração doendo.
Reflexão.
Um sorriso.
Um riso pelo simples.
Brisa.
O anjo me pegou. Sei de novo: estou perdido.
terça-feira, abril 06, 2010
Tempos e sonhos
Descobri numa dessas andanças da vida um significado merecedor de aplausos. Mas quem aplaude significados? Pois é, ninguém. Pessoas são aplaudidas, principalmente aquelas que têm um grande valor para a sociedade, certo? Claro que não! Quem realmente merece é esquecido e jogado nas profundezas de uma lata de lixo. Venerados são os inúteis que permanecem por pouco tempo no "hall da fama", como sempre. Apenas sobrevivem ao tempo os que não são aplaudidos pela grande maioria, os estranhos no ninho. Sonhadores, eles foram.
Sonhos, mas não aquele sonho do qual despertamos. É aquele que acontece enquanto estamos acordados (ou não), assistindo ao passar do tempo, e que cada vez chega mais perto, parecendo até com uma pitada de realidade. Sonhos estão no futuro, bem do jeito que vivemos, nunca no presente, não é verdade? Qualquer um mora no passado ou no futuro. Ou em ambos. No passado, sempre revivendo as saudades, as perdas, as lembranças; no futuro, bancando o andarilho do desconhecido vindouro, assim construindo pontes entre o que está acontecendo e o que se quer que aconteça - uma ponte fácil de se cruzar; basta só um pensamento.
Ah, isso tudo no presente! É, não podemos esquecer de nosso companheiro oculto e inexistente, afinal, está sempre conosco, mas não sabemos em que lugar nem se realmente existe. Presente? Cadê você?
Se eu pergunto o que é o presente, você simplesmente poderia, numa hipótese muito especial e rara, claro, dizer que é o agora. Só que o agora já passou e de novo chego lá e pergunto "Presente, cadê tu, meu filho?" O presente é uma linha transparente; só acreditando para enxergar.
Futuro, lá estão os sonhos, tão importantes na jornada biológica de um ser humano, já que motivam a continuidade do complexo de reações bioquímicas, sequenciadas, mediadas e ordenadas por enzimas que controlam a velocidade das reações, ou seja, da vida, para aqueles leigos como eu. Não é preciso constatar quais são os sonhos, pois o importante é possui-los. Sem onirismo o homem vive no presente, e o presente inexiste (ou não), como bem foi expresso. Logo, ser do presente é ser morto.
Descobri o valor de um sonho: vida. Aplausos.
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