domingo, outubro 17, 2010

A Flor que És

A flor que és, não a que dás, eu quero.

Porque me negas o que te não peço.

Tempo há para negares

Depois de teres dado.

Flor, sê-me flor! Se te colher avaro

A mão da infausta esfinge, tu perene

Sombra errarás absurda,

Buscando o que não deste.


Ricardo Reis (heterônimo de Fernando Pessoa)

Um comentário:

  1. Suas mãos possuem encanto, este que é concretizado em tudo que você faz. Sua letra, os detalhes em um desenho, seus gestos são representações infinitas da perfeição. Como eu preciso estar perto de você, vislumbrar suas ações resultando no belo, no insólito e poder demonstrar por meio de um abraço apertado o quão sinto orgulho de você. Sou e sempre serei fascinada por você, que, para mim, é a realização dos meus sonhos.

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