Aí está o infinito. Simplesmente representado. No entanto, possuidor de demasiados significados. Pode ser apenas um ponto, por exemplo. Pode ser o Universo, por outro exemplo. Pode ser você. Ou eu. Talvez seja o próprio infinito mesmo. Mas quem poderia definir algo tão subjetivo e inexato com meras palavras de um vocabulário simplório?
Ninguém.
Não existe definição para o infinito, pois ilimitado é. E aquilo que desconhece o limite não se concebe. Há quem ouse a interpretação, só que é um tiro no escuro, pode tomar qualquer direção e sentido. Ainda assim, ousado sendo, desejo significado - não definição. Para alguns passa a ter o valor do conhecimento; para outros, do amor. Amor como infinito. Amor, infinito. Conheço um desse tipo, que, por sinal, é bastante gentil. O mais curioso é que este mesmo infinito chegou a mim, ou eu cheguei a ele - ou ambas as opções - nos últimos momentos de um ciclo. Perto do fim e do começo. Um tanto quanto paradoxal, por isso a inequidade de um fenômeno assim. Um infinito único... só para mim.
Olho para o céu, vejo as luzes que guiam na escuridão. Elas brilham, pulsam, chegam a ter vida aos olhos dos mais sonhadores. O mais gratificante é poder observar uma obra enigmática quando existe alguém que a contempla com você, pois a descoberta do que está além da compreensão é simultânea. É khef.
Enquanto houver distância, a ligação entre duas almas se faz por uma representação do infinito. Fito o céu; fita o céu. Imagino; imagina. Sinto; sente. Aí eu passo a entender o que não há fim.
Voltando ao começo, no encontro de um ka com outro, sinto um mar de identificação se apossando de meu coração. Admiro o futuro em alguns segundos, analiso os acontecimentos, tiro conclusões e... gosto do que vejo. Amo a cena de atores imaginários. Por um instante, entro em contato com o infinito. E o que vejo é belo. É único. Interminável.
De tanta dificuldade em poder atribuir significação, desisto de tentar categorizar um conceito tão imaterial, desconhecido e variável. Passo a senti-lo e só assim compreendo: amo.
Livrando-me da noção chã, inteligível e palpável ao ser humano, apaixono-me pelo abstrato, pelo intangível e, de uma vez por todas, afirmo como expressão de fé: conheço o infinito. Conheço María das Graças de Araújo Lira, alguém que, como eu, desentende-se com a distância, pois acredita apenas no que sabe. E o que sabe infinito é.
Cinco dias após a postagem do texto e aqui estou eu, ainda, sem palavras. Não há como agradecer. Leio, releio várias vezes e minha única conclusão é que só o seu coração poderia possuir palavras tão... perfeitas. Sim, perfeitas. Nunca havia lido algo tão único e lindo, e jamais lerei por outra pessoa. Jamais mesmo. O modo insólito que você surgiu em minha vida me faz concluir em como sempre irei te considerar. Sim, sempre. "Perfeição", "nunca" e "sempre" são palavras que não são muito aceitáveis, mas quando se trata de você, Luizinho, os significados são demasiado fortes e impossíveis de não conceber. O sangue corre veloz e quente por minhas veias, meu coração dispara e permaneço em paz, porque há o seu amor para me equilibrar. Há, além de tudo, a sua amizade. Contigo aprendi o verdadeiro significado para infinito: você próprio. E no infinito encontrei a cura que - ainda que o tempo passe - nunca se desfazerá. Eu te amo até quando você achar que não, Luizinho. Eu te amo a todo instante, para sempre e muito mais do que você a mim. Agora, a única ação que me resta é te abraçar veementemente. Então, um dia nos encontramos, realizamos os sonhos de uma forma mais inesquecível do que a imaginada e o amor se eternizará no infinito de nossos corações.
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